quarta-feira, 2 de abril de 2008

Interessante essa crise ''dengueomática'' que assola a maravilhosa cidade do Rio de Janeiro.
Podemos ver nela o total descaso das autoridades em relação a prevenção e maisssssss ainda no tratamento da doença. Hospitais superlotados, faltam médicos, falta uma boa estrutura, falta empatia no atendimento, ou seja, falta tudoo!
Já não é de hoje essa situação caótica que se encontra o sistema de saúde pública do estado do Rio de Janeiro. Por que será que o governo não investe um centavo nesse setor???
Aqui vai uma modésta teoria sobre o assunto.

O superávit fiscal do governo, que exclui o pagamento dos juros, foi o maior da história. Chegou a R$ 66,12 bilhões, o equivalente a 4,3% do PIB, maior, portanto, do que o acordado com o FMI, cuja meta era de 4,25% do PIB, ou seja, R$ 65 bilhões. Esta economia de recursos visando o pagamento da dívida, foi a essência da política do governo para dar confiança aos “mercados”, isto é, aos bancos e detentores dos títulos públicos. Além disso, a DRU -- Desvinculação de Receitas da União -- desvia bilhões do orçamento constitucionalmente garantido para a educação e saúde, para engordar o superávit primário. Essa politica econômica do atual governo (PT) e a mesma que o governo anterior(PSDB) vinha aplicando no páis.

O superávit é interessante por um lado já que a reserva de doláres do páis encontra em patamares altíssimos, o que fortalece a economia e aumenta a credibilidade do país no mercado internacional.

Mas como podemos viver num país que se ''acerta'' cada vez mais economicamente mas sua infra-estrutura ''caminha parada''. Os investimentos têm que acontecer, a nossa carga tributária é uma das maiores do mundo, não há justificativa econômica plausível para tal fato. Um país não pode ''caminhar'' para o desenvolvimento com ''pernas quebradas''.